CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



sexta-feira, 3 de setembro de 2010

OS MISTÉRIOS DA ARTE CORDEL INSCRITA NA HUMANIDADE

 

A arte produz história
A história produz arte
O cordel produz cultura
Como Pedro Malasartes.

O que somos? Aonde vamos
Ora, somos um cordel.
Nossa imagem é a capa,
Nosso corpo é o papel,
Nossa alma são as letras
Q serão lidas no céu...

E a vida do ser humano
É um romance popular
Tem mistérios tão difíceis
De o cabra decifrar
Longe como o infinito
E as profundezas do mar.

O poeta popular
Bebe das águas sertãs
Nas cacimbas resistentes
Cheias de gias e rãs.
Segue o rastro das lambus
E o canto das jaçanãs.

O gado é uma orquestra
Com um instrumento só
Os chocalhos badalando
Ré, mi, fá, lá, sol, si, dó
E as maestrinas veredas
Regendo com um cipó.

Autor: Manoel Messias Belizario Neto

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