CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



quarta-feira, 29 de junho de 2011

A MARCHA DO PAU

Por Dalinha Catunda

*

Vou voltar pro Ceará

Enfrentar nova batalha

Vou correr atrás do pau

Lá na festa de Barbalha

*

Vou pegar no pau do Santo

Vou tirar uma lasquinha

Pra fazer meu chá de pau

Ou não me chamo Dalinha.

*

Na terra de cabra macho

Amigo não leve a mal

O desfile que se faz

É no levantar do pau.

*

O pau daqui é de metro

Mas é um pau de respeito

Passar a mão faz milagre

Tomar o chá faz efeito

*

Umas gotinhas deste chá

Já casou muito mulher.

Na cidade de Barbalha ,

Não chega para quem quer.

*

Quero ver Santo Antônio

Atendendo a mulherada

E a bandeira lá no mastro

Pelo vento tremulada.

*

Homens levantando o pau

O mulheril aplaudindo

O foguete comendo solto

E o pau do Santo subindo.

*

Já encomendei um kit

Do santo casamenteiro

Vou vender por um bom preço,

Lá no Rio de Janeiro.

*

Dalinha Catunda

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Dalinha Catunda
www.cantinhodadalinha.blogspot.com
www.cordeldesaia.blogspot.com

Imagem: jangadeiroonline.com.br

I Sarau Literário homenageia Literatura de Cordel – Teresina - PI

Fonte: procampus.com.br

Uma noite especial voltada a valorização da leitura. Assim foi o “I Sarau Literário”, que aconteceu ontem, terça-feira, (14), no auditório prof. Clementino Siqueira. O evento objetivou concretizar as ações desenvolvidas pela Academia Juvenil de Letras do Pro Campus (AJULE), além de resgatar conteúdos estudados no semestre. Na ocasião, o jornalista Zózimo Tavares proferiu uma palestra sobre Cordel e apresentou o documentário “Pé na França: Cantadores na terra dos trovadores”. Logo após, os alunos do 6º ao 8º ano do Ensino Fundamental do Colégio Pro Campus Júnior participaram de um concurso de cordel. Cerca de 250 pessoas prestigiaram O “I Sarau Literário”.

O evento contou com a presença do cordelista e jornalista Pedro Costa e do artista Dílson Tavares, ex-aluno da escola que apresentou a imitação de Patativa do Assaré (um poeta popular, compositor, cantor e improvisador brasileiro). Esteve presente também Clara Mello, escritora, que destacou à importância da escola no incentivo a literatura. “Com certeza esses projetos potencializam o aprendizado, pois a leitura é um elemento importante na formação dos valores sociais e culturais”, revela a jovem escritora.

De acordo com o jornalista Zózimo Tavares, esses eventos reforçam o compromisso com a cultura. “É muito importante perceber que os alunos estão conhecendo mais o Cordel, essa expressão cultural tão presente em nosso cotidiano. Isso tudo incentivado pela Academia Juvenil de Letras (AJULE), que destaca a partir da leitura um mundo novo aos educandos”, destaca o jornalista.

 

Para Samara Santiago, coordenadora pedagógica, esse foi um momento especial. “Nesse encontro, somamos conhecimentos, apreendemos novas informações e, acima de tudo, valorizamos as atividades desenvolvidas pelos alunos do 6º ao 8º ano do Ensino Fundamental, bem como, a participação do 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio”, observa a coordenadora.

Segundo Matheus Orany e Leonardo Emanuel, alunos do 7º ano “B” e vencedores do concurso de cordel, esse foi um momento ímpar. “Com a leitura, melhoramos o nosso vocabulário e interpretação, além disso, o cordel faz parte da nossa realidade, nossa região”, finalizam.

O Grupo Educacional Pro Campus acredita que um dos papéis da escola é promover espaços sociais e disponibilizar tempo para o desenvolvimento de projetos que deem significado a valorização da educação e de todos que dela participam.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Nova Iguaçu terá festival de cordel em julho (RJ)

          Fonte: radioondasverdes.com

A Baixada Fluminense será invadida pela rima, métrica e musicalidade da literatura de cordel, durante o festival de cultura popular “Cordel com a corda toda”, que será realizado entre os dias 13 e 16 de julho, em Nova Iguaçu. Com patrocínio da Eletrobras e apoio do Ministério da Cultura e Prefeitura de Nova Iguaçu, o festival acontecerá no Espaço Cultural Sylvio Monteiro e levará ao público uma maratona de atividades gratuitas, que resgatam, celebram e discutem a Cultura Popular Brasileira.
           Oficinas de teatro de cordel, composição de cordéis e xilogravura, repentistas, rodas de debates com pensadores da cultura popular e artistas, exposição fotográfica e apresentações de manifestações típicas são algumas das atividades que integram a programação do festival. Além disso, o evento terá uma exposição de vídeos e fotografias produzidas no Nordeste, resultado da primeira fase do projeto que começou em 2010, por iniciativa da Burburinho Cultural.
            Entre outros destaques da programação estão as apresentações dos trabalhos de muitos dos 340 alunos da rede pública de ensino que, diariamente, frequentam a Oficina de Literatura Cordel em Nova Iguaçu, coordenada por Marcos Covask, ex-coordenadar artístico do grupo \"Nós do Morro\".
Para conhecer o projeto, acesse: http://projcordelcomacordatoda.blogspot.com/

                              Literatura de Cordel
O Cordel é uma espécie de poema popular e é caracterizado pela rima, música e métrica. Normalmente são dez estrofes, mas podem variar entre seis e oito; e os versos são recitados de forma melodiosa e cadenciada, podendo ter acompanhamento de viola. As histórias também são contadas pelas xilogravuras. A Literatura de Cordel tem origem em Portugal, e foi lá também que surgiu o nome do estilo, já que eram vendidos pendurados em cordas. No Brasil, chegou ao Nordeste, onde ganhou adeptos e tornou-se forte manifestação cultural regional. 
Serviço
Cordel com a corda toda - Festival de Cultura Popular
Data: 13 a 16 de julho
Horário: quarta-feira - das 15 às 20h; quinta - de 10 às 17h; sexta - de 9h45 às 16h; sábado - das 10 às 17h
Local: Espaço Cultural Sylvio Monteiro - Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - Nova Iguaçu
Telefone para informações: 21. 2233-6870 (Burburinho Cultural)
Entrada Franca | Censura Livre

Confira a programação:
Galerias:
13/07 a 27/07 Galeria (2º pavimento): exposição de fotografias do artista Gil Prado que retrata agentes da Literatura de Cordel e paisagens nordestinas documentadas pelo curta-metragem realizado pelo projeto. A mesma sala conta com a exibição contínua do documentário.
13/07 a 31/07 Galeria (1º pavimento): exposição de parte do material produzido pelos alunos atendidos pelas oficinas do projeto, com destaque para os cordéis, máscaras, mamulengos, croquis e figurinos utilizados nos esquetes apresentados no festival.

13/07 (quarta-feira)
TEATRO
15:00 – Apresentação do esquete teatral “Chegança”, seguida da abertura oficial do evento com a equipe do projeto “Cordel com a Corda Toda”.
16:00 – Roda de bate-papo com artistas populares e pesquisadores sobre Cultura Popular, Literatura de Cordel e Baixada Fluminense.
17:10 – Lançamento do documentário.
17:35 – Apresentação do esquete “Romeu e Julieta”.
18:00 – Encerramento com a apresentação do repentista Miguel Bezerra.
Obs: aberto ao público, sem distribuição de senha.

14/07 (quinta-feira)
PÁTIO EXTERNO – TEATRO DE BOLSO E BIBLIOTECA
Manhã
10:00 às 10:20 – Apresentação do esquete teatral “História do Povo Quirá.
10:30 às 11:50 – Circuito de oficinas: oficina de teatro de cordel; oficina da composição de cordel e de xilogravura e visita guiada.
Tarde
15:00 às 15:20 - Apresentação do esquete teatral “Romeu e Julieta.
15:30 às 16:50 – Circuito de oficinas: oficina de teatro de cordel; oficina da composição de cordel e de xilogravura e visita guiada.
Obs: Esse dia é direcionado para grupos de estudantes da rede pública que serão previamente agendados e fechados exclusivamente para as oficinas, além do público em geral. Haverá a distribuição de senhas limitadas uma hora antes do início das atividades.

15/07 (sexta-feira)
TEATRO E PÁTIO EXTERNO – TEATRO DE BOLSO
Manhã
09:45 às 10:25 – Apresentação da seqüência de esquetes: “Teatro de Mamulengo”, “O Auto do Boizinho” e “Zé Mingau”, com a turma de crianças.
10:30 – Apresentação de grupo folclórico convidado.
11:00 – Workshow com xilogravurista, seguido de visita guiada, oficina de teatro e roda de cordéis.
Tarde
15:00 às 16:40 - Apresentação da seqüência de esquetes: “Nordestes”, “Meninos de Rua” e “Chegança”.
16:45 – Roda de bate papo com cordelistas.
Obs: Esse dia é direcionado para grupos de estudantes da rede pública que serão previamente agendados e fechados exclusivamente para as oficinas, além do público em geral. Serão distribuídas senhas uma hora antes do início do programa da manhã. O acesso à tarde é livre, sem distribuição de senha.

16/07 (sábado)
TEATRO, PÁTIO EXTERNO – TEATRO DE BOLSO E BIBLIOTECA
Manhã 
10:00 às 11:30 – Circuito de oficinas: Oficina de teatro de cordel; Oficina de composição de cordel e xilogravura.
Tarde
14:00 às 14:30 – Apresentação dos esquetes “Teatro de Mamulengos” e “Nordestes”.
A partir de 14:45 – Apresentação de grupos folclóricos da Baixada Fluminense.
A partir de 15:35 – Peleja de repentistas, encerrando o festival.
Obs: Serão distribuídas senhas uma hora antes do início das atividades da manhã. O acesso à tarde é livre, sem distribuição de senhas.

RADIO ONDAS VERDES RADIOJORNALISMO: REPORTAGEM DE VANDO SOARES

Imagem: pt-br.cordel.wikia.com

Fundac leva literatura de cordel às salas de leitura da Capital - MS

Fonte: conjunturaonline.com.br

          A Prefeitura Municipal de Campo Grande realiza por meio de parceria entre a Fundac (Fundação Municipal de Cultura) e a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco ), o projeto Literatura de Cordel nas Salas de Leitura Comunitárias da Capital nos dias 28,29 e 30 de junho (terça, quarta e quinta-feira. O evento será no período vespertino das 14h às 16h nas três salas de leitura.

         No dia 28 de junho o evento será na Sala de Leitura das Moreninhas, na Rua Anacá, 185, que conta com a participação da comunidade da região e com os alunos do 3º ano da Escola Estadual Arlindo de Sampaio Jorge e os alunos dos Ceinfs (Centros de Educação Infantil) da Moreninha II.

         Já no dia 29 de junho, o projeto será realizado na sala de leitura do Cophasul, na Rua Cotegipe, 999, e terá participação efetiva, além da comunidade, dos alunos do 4º ano da Escola Estadual Professora Fausta Garcia Bueno.

         Por fim, no dia 30 de junho é a vez da Sala de Leitura São Conrado, que fica na Rua José Hélio, 335. Lá, participam do projeto os alunos do Cras (Centro de Referência em Assistência Social) da região.

         O objetivo do projeto é divulgar e desenvolver o gosto e o conhecimento da literatura de cordel, que apresenta várias possibilidades de atividades lúdicas cm crianças de todas as idades.

         São várias as atividades que serão desenvolvidas, como jogos, leitura, teatro e música. O projeto percorre vários pontos de Campo Grande e é possível agendar também para instituições e escolas interessadas.

         O cordel é uma literatura simples, porém rica e não precisa de muitos recursos para se realizar. Os acadêmicos da UCDB, contadores de histórias, apresentam o mundo da leitura de forma divertida para as crianças, utilizando poucos materiais, um violão e um mural com vários bonecos, utensílios que eles mesmos providenciam.

Mais informações pelo telefone (67) 3314 4333

Imagem: multicienciaonline.blogspot.com

domingo, 26 de junho de 2011

Literatura de Cordel é tema da 12ª Fenearte - PE

Fonte:pe360graus.globo.com

Divulgação / Daniela Nader

Foto: Divulgação / Daniela Nader

Feira acontece de 1º a 10 de julho, com artesãos de todos os estados do Brasil e de 35 países

          A Literatura de Cordel é o tema da 12ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato, a Fenearte. De 1º a 10 de julho, o Centro de Convenções vai receber artesãos de Pernambuco, do Brasil e de 35 países.
          Uma área de 29 mil m² recebe a arte, a cultura, a gastronomia, a decoração, a moda e a música desses lugares, com mais de 5 mil expositores. A organização espera receber este ano um público de 270 mil pessoas, durante os dez dias de feira. O investimento foi de R$ 3,5 milhões, e a estimativa é movimentar R$ 28 milhões em negócios.
           Toda a decoração da feira remete ao universo do cordel e da xilogravura. As obras de 17 cordelistas pernambucanos servirão de inspiração para a montagem das oito praças de descanso distribuídas pela feira. Além dos patrimônios vivos de Pernambuco, J. Borges, Dila e José Costa Leite, que receberão homenagem na praça instalada na área do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), os cordelistas homenageados nas praças são: Leandro Gomes Barros, João Martins de Athayde, Francisco das Chagas Batista, Silvino Pirauá de Lima, Delarme Monteiro, Severino Borges Silva, João José da Silva, Francisco Sales Arêda, José Pacheco, José Galdino da Silva Duda, João Ferreira Lima, Manoel Camilo dos Santos, Luiz da Costa Pinheiro, João Melchíades Ferreira.
           Todos os estados brasileiros marcam presença nesta Fenearte. No setor internacional da Feira, o visitante poderá conferir o artesanato da Alemanha, Bangladesh, Chile, China, Cuba, Emirados Árabes, Equador, Filipinas, França, Grécia, Guatemala, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Líbano, Malásia, Marrocos, Nepal, Nigéria, Paquistão, Peru, Portugal, Quênia, República Tcheca,  Senegal, Sri Lanka, Síria, Tailândia, Tunísia, Turquia e Uruguai. Além da participação inédita de representações da Ucrânia, com peças de porcelana decorativa, da Austrália com um estande de semi-joias típicas, e o artesanato típico do Oriente Médio, com a Jordânia.
Para facilitar a visita, mapas interativos, em monitores de 32 polegadas em “touch screen”, vão ajudar na localização dos expositores pelo nome, número do estande ou ainda pelo título de estabelecimento (nome-fantasia), como também consultar a programação artística e cultural. E, desta vez, a planta permite ao visitante sair por todos os portões, apesar de a lógica do labirinto ter sido mantida.

ESTAÇÃO DO CORDEL
          Uma das novidades deste ano é a Estação do Cordel, que vai ocupar uma área de 120 m² no mezanino, abrigando parte do acervo de Liêdo Maranhão, um dos maiores colecionadores de cultura popular do País. O espaço terá uma prensa antiga, matrizes e livros de cordéis originais, inclusive folhetos raros do ciclo histórico que trazem como personagens o presidente Getúlio Vargas e o governador Miguel Arraes. Com curadoria da jornalista e pesquisadora Maria Alice Amorim e do arquiteto Carlos Augusto Lira, a Estação também apresentará reproduções de 150 cordéis portugueses raros do início do século 17 até o século 20. Filmes e animações sobre o tema serão reproduzidos em uma pequena sala de projeção. Também haverá brincadeiras interativas onde o público poderá montar um cordel virtual e enviar por email, através de monitores sensíveis ao toque.

PROJETO TRAVESSIA
          O Projeto Travessia, ação do Governo do Estado, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, que trabalha pela erradicação da distorção idade-série entre jovens, participa pela primeira vez da Fenearte. Cerca de 1.400 alunos de mais de 70 turmas de toda rede pública estadual estão desenvolvendo, escrevendo e ilustrando cordéis cujo mote é o artesanato e a cultura popular das regiões aos quais pertencem. O trabalho faz parte da cadeira de língua portuguesa que estuda os gêneros literários. O resultado será apresentado na Unidade Móvel do Artesanato, uma carreta que ficará no jardim do Centro de Convenções. Ainda na Unidade Móvel, a União dos Cordelistas de Pernambuco – Unicordel - irá comercializar folhetos de autores do nosso estado.

ESPAÇO INTERFERÊNCIA JANETE COSTA
            O espaço que recebe objetos com interferência de design e arte popular, novamente irá abrigar uma pequena mostra de decoração, desta vez dentro do conceito de loft. Localizado na área externa do Centro de Convenções, também acolherá o Espaço Saber e Fazer, que nesta edição apresentará artesãos desenvolvendo trabalhos de cestaria e um pequeno tear manual. Com projeto assinado pelas arquitetas Roberta Borsoi e Beth Paes, o Espaço Interferência terá ambientes integrados como terraço, sala de jantar, sala de estar e quarto do casal, distribuídos em 180m². O objetivo é mostrar as várias possibilidades de utilizar o artesanato na decoração de uma casa, além de destacar o pioneirismo da arquiteta Janete Costa, falecida em 2008, que dedicou seu talento à identificação e à valorização dos artesãos e artistas populares.

ESPACO INDÍGENA
          Para valorizar a cultura indígena, a Fenearte terá em uma de suas ruas estandes com representações das seguintes etnias de Pernambuco: Truká (Cabrobó), Fulni-ô (Águas Belas), Xukuru (Pesqueira), Pankararu (Tacaratu e Petrolândia), Atikum (Carnaubeira da Penha), Kambiwá (Ibimirim, Inajá, Floresta e Garanhuns).

ALAMEDA DOS MESTRES JANETE COSTA
          O artesanato de Pernambuco com sua variedade de tipos estará exposto na Alameda dos Mestres Janete Costa, dando boas vindas aos visitantes da Feira. Respaldado pelo emblemático tapete vermelho, o local mostra a riqueza da arte popular de 36 mestres-artesãos vindos de todas as regiões de Pernambuco como forma de reverenciar nossos criadores, responsáveis pela preservação e perpetuação da cultura do Estado.

ALIMENTAÇÃO
         Nesta edição, a Praça de Alimentação tem 2 mil m², na área externa do Centro de Convenções. O local conta com 10 restaurantes, 138 mesas e 552 lugares, arquibancada e o palco Mestre Salustiano, com o melhor da programação artística e cultural. Ao longo da Fenearte, estão distribuídos estandes de alimentação artesanal, quiosques de alimentação rápida com carrinhos de pipoca, algodão doce e sorvete, dispostos nas praças de descanso, além de creperia, cafeteria e bar e restaurante no mezanino.

OFICINAS GRATUITAS
         Uma série de oficinas gratuitas será oferecida aos visitantes da Feira. O público poderá conferir os processos de criação da xilogravura com J. Borges e seu filho Pablo J. Borges, a arte das máscaras dos papangus em papel colê com Lula e Lulinha Vassoreiro, a costura das Bruxinhas de Pano com Maria das Graças e a estamparia de tecidos com representantes do Programa de Formação do Jovem Artesão, organizado pelo Museu do Homem do Nordeste. Entre as técnicas que serão utilizadas neste curso, uma novidade: o mascaramento em tecido com uso de fita crepe. Também haverá uma oficina de reciclados com foco na sustentabilidade que ofertará aulas de brinquedos e cosméticos fitoterápicos em dias alternados. O Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) também vai disponibilizar oficinas com linhas e bordados. Todas são gratuitas.

ATIVIDADES INFANTIS
         Para a criançada, as opções serão as atividades na Escolinha de Arte do Recife, no piso inferior, além das vivências circenses conduzidas pelo grupo Arricirco e apresentações teatrais, no mezanino.

PASSARELA FENEARTE
         O espaço tem o objetivo de mostrar o uso do trabalho artesanal na produção de moda local. Nesta edição, haverá 18 desfiles assinados por designers pernambucanos, projetos liderados pela Secretaria Estadual da Mulher, Sebrae, além de alunos dos cursos de moda e estilismo do Estado. Cordelistas clássicos de Pernambuco serviram de inspiração para as coleções que serão apresentadas pelos estudantes. Antes de cada desfile, um declamador irá apresentar um cordel do homenageado.

CATÁLOGO
           Assim como as últimas edições, o público poderá adquirir no balcão de informações o Catálogo de Expositores com os contatos de todos os participantes da XII Fenearte. Este ano, a publicação trará um breve perfil dos 36 mestres-artesãos pernambucanos que compõem a Alameda dos Mestres Janete Costa.

GALERIA DOS RECICLADOS
            Na quinta Galeria dos Reciclados, entre 50 peças pré-selecionadas, uma comissão julgadora definirá os melhores trabalhos divididos em três categorias: Arte Reciclada, Artesanato Reciclado e Design Reciclado. O primeiro lugar de cada uma delas receberá R$ 5 mil em dinheiro e o público poderá votar no melhor trabalho, que receberá R$ 2 mil através do Prêmio Aclamação.

SALÃO DE ARTE POPULAR ANA HOLANDA
          Assim como a Galeria de Reciclados, o Salão de Arte Popular Ana Holanda vai acolher uma coleção de 50 peças pré-selecionadas de artesãos de todo o País. Uma comissão julgadora formada por colecionadores, estudiosos, professores da UFPE e pesquisadores da arte popular definirá os melhores trabalhos. Os vencedores receberão os seguintes prêmios aquisitivos: 1º lugar: R$ 6 mil, 2º lugar: R$ 5 mil e 3º lugar: R$ 4 mil. O público também poderá votar na sua peça preferida, através de urna eletrônica instalada no local, com premiação de R$ 2 mil.

RODADA DE NEGÓCIOS
           Promovida pelo Sebrae, a Rodada de Negócios será realizada nos dias 2, 3 e 4 de julho, das 14h às 21h. Nesta edição, pelo menos 20 lojistas de todo o País participarão da Rodada, que deverá resultar em 360 encontros entre empresários e artesãos. A estimativa é gerar aproximadamente R$ 3,7 milhões nas negociações, 10% a mais que no ano passado.

RÁDIO FENEARTE
           Este ano, a Rádio Fenearte vai trazer além de sucessos da música regional, entrevistas com cordelistas e visitantes ilustres, recitais com declamadores, serviços e informações sobre a programação artística e cultural. Instalada no mezanino, a Rádio Fenearte promete deixar o público e os mais de 5 mil expositores informados sobre tudo o que acontece na Feira durante os seus dez dias.

ESTACIONAMENTO E TRASLADO DE VANS
          O visitante da Fenearte conta com 1.850 vagas para estacionar, entre as do Centro de Convenções e as da Fábrica Tacaruna. Outro ponto de apoio serão as vans gratuitas do Shopping Tacaruna até o Centro de Convenções. O serviço tem intervalos a cada 15 minutos, aos sábados e domingos, das 14h às 22h15.

SERVIÇO
12ª Fenearte
De 1º a 10 de julho
Centro de Convenções de Pernambuco
Horário de funcionamento (dias 2, 4, 5, 6 e 7): das 14h às 22h
Horário ampliado (dias 3, 8, 9 e 10): das 10h às 22h

INGRESSOS
De segunda a sexta: R$ 6 (inteira) R$ 3 (estudantes, crianças até 12 anos, professores e pessoas com mais de 60 anos)
Sábados e domingos: R$ 8 (inteira) R$ 4 (estudantes, crianças até 12 anos, professores e pessoas com mais de 60 anos)
À venda no Shopping Tacaruna e bilheterias do Centro de Convenções

Servidor do TRT lança suas obras na Academia Brasileira de Literatura de Cordel, no Rio

Fonte:jusbrasil.com.br

Membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), o cordelista mineiro Olegário Alfredo, que é também servidor do TRT e filiado ao SITRAEMG, esteve na cidade do Rio de Janeiro, no último dia 18, participando de mais uma reunião mensal da entidade. Na oportunidade, Olegário fez o lançamento de quatro das suas mais recentes obras: "Elogio mineiro em literatura de cordel", "A Estrada Real em cordel", "O Clube da Esquina em cordel" e "A intriga do Galo com a Raposa". Outro cordelista, Wlliam Pinto, também lançou sua obra "Sonhos de Liberdade".

A sessão da ABLC também registrou um importante marco para os praticantes e amantes da literatura de cordel. Com presença de representantes da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, ficou acertado que o cordel será o tema do enredo da agremiação no carnaval carioca de 2012. "Cordel branco e encantado" é o título do samba, de autoria de Renato Lage e Márcia Lage. Durante a sessão, a contadora de história Águida Alves e a atriz Regina Alves (esposa de Olegário e também servidora do TRT), ambas mineiras, fizeram uma leitura performática do cordel "Elogio ao mineiro". Esses títulos de Olegário Alfredo também serão lançados em Belo Horizonte, provavelmente em agosto, no "Godofredo Bar", do filho do cantor Beto Guedes.

Cordelteca

Também conhecido como "Mestre Gaio", Olegário já teve publicado mais de 100 títulos de sua autoria. Eles podem ser adquiridos na Livraria e Editora Crisálida, que fica na sobreloja do Edifício Maleta, ou na Donato Artesanato, loja nº 980 do Mercado Central, ambos em Belo Horizonte.

Entusiasta do cordelismo, Mestre Gaio, juntamente com Marco Túlio, fundador da Borrachalioteca de Sabará, também criou a "cordelteca", espaço em que estão expostos mais de 2.000 cordéis de variados autores do Brasil, incluindo ele, além de livros que falam sobre o cordel e a xilogravura. Trata-se da primeira cordelteca da região metropolitana de Belo Horizonte e funciona na Casa de Artes de Sabará, que fica na avenida Alberto Sharlet, 41, bairro Paciência. O espaço está aberto à visitação pública, inclusive turmas escolares, que, para melhor atendimento, devem agendar a visita.

Imagem:cordeldesaia.blogspot.com

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Zé do Jati lança versos sobre o seu testamento

Fonte: diariodonordeste.globo.com

Cachorro, esposa, Madonna, Kadafi, FHC, nordestinos, entre outros, foram lembrados no testamento

           Fortaleza. Bastante conhecido dos cearenses, o personagem Zé do Jati, do cordelista José Anchieta Dantas Araújo, lança mais uma de suas divertidas (e satíricas) publicações: "O testamento de Zé do Jati". Entre não ter nada para deixar de herança, o autor preferiu versar sobre a realidade vivida. "Na minha concepção é um pouco de deboche, de protesto e de solidariedade com os palestinos, japoneses, nordestinos. É um contexto universal", ressalta Anchieta.
Ele não esqueceu de ninguém. Para seu cachorro Totó, um balaio de osso. Para o Piauí, frio e permanente inverno. E o rei Roberto Carlos, um azul e bonito terno. Tem também os jogadores Zico e Maradona, com mais de mil gols. E nem mesmo a cantora Madonna ficou de fora dessa. "A Madonna é conhecida por se apresentar com pouca roupa, então, eu coloquei minha versão dela comprar saias largas e longas, duas meias e um konga", afirma.
          O autor retrata, ainda, os conflitos na Faixa de Gaza e também na Líbia, tudo de uma forma bem humorada como gostar de frisar quando fala de seu estilo. Para o povo nordestino, o cordelista lembra da importância da chuva, da lavoura e das novenas. Até os americanos foram lembrados e o seu grande legado foi a reconstrução das torres gêmeas.
          Parafraseando Vinícius de Moraes, o autor explica porque escreveu sobre o tema: "quem sabe a morte, angústia de quem vive. Foi a partir daí que eu comecei a pensar nesse testamento. Este é o testamento de uma pessoa altamente alegre, de bem com a vida. Isso é otimismo. Ao longo do tempo, se Deus me permitir, vou ampliar com problemas atuais", complementa Dantas.
O cordelista iniciou a publicar seus versos em 1999. Hoje, ele comemora os mais de 70 cordéis escritos e distribuídos por todo o Nordeste. "Tem família que me procura para fazer um cordel sobre sua história, por exemplo. Eu trabalho, almoço, janto e transpiro a literatura de cordel", conta.
Fama
          O personagem Zé do Jati ficou famoso pela sua participação no programa "Nas garras da patrulha", exibido da TV Diário. Bastava o som da viola apontar na telinha, o telespectador sabia que lá vinha Zé do Jati cantar os problemas do nordestino. Agora, o personagem traz seus novos causos em cordel.
          Novos projetos para Anchieta Dantas e o seu Zé não param. "As pessoas me convidam para gravar os cordéis. O do testamento, por exemplo, pode ser gravado em rap, vaquejada e boiada", disse Dantas, emendando na cantoria. Mensalmente, percorre cerca de 2.500Km entre Ceará, Paraíba, Pernambuco e Bahia. Ele mesmo se desdobra para produzir e distribuir os cordéis. Se orgulha do seu trabalho estar espalhado em todo o Brasil. "Hoje, onde você chegar tem cordel de Zé do Jati", conta.
          Quanto aos temas para novos cordéis, diz buscar no seu dia a dia o conteúdo para os versos. "Os assuntos são do nosso Estado. Quando eu fiz o da mulher, me inspirei na parábola que meu pai contava. Acrescentei criatividade e humor e dei uma melhorada no texto. Quando começo a tomar gosto por uma coisa, paro, reflito e escrevo".

MAIS INFORMAÇÕES
Anchieta Dantas
Criador do personagem Zé do Jati
(88) 8814.3383
(85) 3253.4586
Emanuelle Lobo
Repórter

Literatura de Cordel inspira São João do Shopping Guararapes

Fonte: www.onordeste.com

Xilogravura dos tradicionais noivos do São João recebem os visitantes - Foto: Divulgação

          A Praça de Eventos do Shopping Guararapes entrou no clima de São João e ganhou uma vila junina com o tema "Cordel no Arraial do Shopping Guararapes". Inspirado na literatura de cordel, o cenógrafo Sávio Araújo criou um cenário típico da cultura nordestina, utilizando xilogravuras e poesias. A praça ainda conta com uma igrejinha montada para os visitantes tiratem fotos.

          A cada dia o espaço vai receber a apresentação de uma escola particular que deve trazer atividades, brincadeiras e apresentações de danças e coreografias inspiradas na cultura popular. Ao todo serão 14 escolas que vão participar dos festejos até o dia 30 deste mês. Na véspera de São João, que é o dia 23 e nos dias 25 e 26 de junho haverá a apresentação da Banda de Pífano do Taquary.

Nova Iguaçu terá festival de cordel em julho

Fonte: www.baixadafacil.com.br

Nova Iguaçu terá festival de cordel em julho

           A Baixada Fluminense será invadida pela rima, métrica e musicalidade da literatura de cordel, durante o festival de cultura popular “Cordel com a corda toda”, que será realizado entre os dias 13 e 16 de julho, em Nova Iguaçu. Com patrocínio da Eletrobras e apoio do Ministério da Cultura e Prefeitura de Nova Iguaçu, o festival acontecerá no Espaço Cultural Sylvio Monteiro e levará ao público uma maratona de atividades gratuitas, que resgatam, celebram e discutem a Cultura Popular Brasileira.
         Oficinas de teatro de cordel, composição de cordéis e xilogravura, repentistas, rodas de debates com pensadores da cultura popular e artistas, exposição fotográfica e apresentações de manifestações típicas são algumas das atividades que integram a programação do festival.
          Além disso, o evento terá uma exposição de vídeos e fotografias produzidas no Nordeste, resultado da primeira fase do projeto que começou em 2010, por iniciativa da Burburinho Cultural.
Entre outros destaques da programação estão as apresentações dos trabalhos de muitos dos 340 alunos da rede pública de ensino que, diariamente, frequentam a Oficina de Literatura Cordel em Nova Iguaçu, coordenada por Marcos Covask, ex-coordenadar artístico do grupo "Nós do Morro".
Para conhecer o projeto, acesse: http://projcordelcomacordatoda.blogspot.com/

                         Literatura de Cordel
              O Cordel é uma espécie de poema popular e é caracterizado pela rima, música e métrica. Normalmente são dez estrofes, mas podem variar entre seis e oito; e os versos são recitados de forma melodiosa e cadenciada, podendo ter acompanhamento de viola. As histórias também são contadas pelas xilogravuras. A Literatura de Cordel tem origem em Portugal, e foi lá também que surgiu o nome do estilo, já que eram vendidos pendurados em cordas. No Brasil, chegou ao Nordeste, onde ganhou adeptos e tornou-se forte manifestação cultural regional.

                           Serviço
Cordel com a corda toda - Festival de Cultura Popular
Data: 13 a 16 de julho
Horário: quarta-feira - das 15 às 20h; quinta - de 10 às 17h; sexta - de 9h45 às 16h; sábado - das 10 às 17h
Local: Espaço Cultural Sylvio Monteiro - Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - Nova Iguaçu
Telefone para informações: 21. 2233-6870 (Burburinho Cultural)
Entrada Franca | Censura Livre

               Confira a programação:
Galerias:
13/07 a 27/07 Galeria (2º pavimento): exposição de fotografias do artista Gil Prado que retrata agentes da Literatura de Cordel e paisagens nordestinas documentadas pelo curta-metragem realizado pelo projeto. A mesma sala conta com a exibição contínua do documentário.
13/07 a 31/07 Galeria (1º pavimento): exposição de parte do material produzido pelos alunos atendidos pelas oficinas do projeto, com destaque para os cordéis, máscaras, mamulengos, croquis e figurinos utilizados nos esquetes apresentados no festival.

13/07 (quarta-feira)
TEATRO
15:00 – Apresentação do esquete teatral “Chegança”, seguida da abertura oficial do evento com a equipe do projeto “Cordel com a Corda Toda”.
16:00 – Roda de bate-papo com artistas populares e pesquisadores sobre Cultura Popular, Literatura de Cordel e Baixada Fluminense.
17:10 – Lançamento do documentário.
17:35 – Apresentação do esquete “Romeu e Julieta”.
18:00 – Encerramento com a apresentação do repentista Miguel Bezerra.
Obs: aberto ao público, sem distribuição de senha.

14/07 (quinta-feira)
PÁTIO EXTERNO – TEATRO DE BOLSO E BIBLIOTECA
Manhã
10:00 às 10:20 – Apresentação do esquete teatral “História do Povo Quirá.
10:30 às 11:50 – Circuito de oficinas: oficina de teatro de cordel; oficina da composição de cordel e de xilogravura e visita guiada.
Tarde
15:00 às 15:20 - Apresentação do esquete teatral “Romeu e Julieta.
15:30 às 16:50 – Circuito de oficinas: oficina de teatro de cordel; oficina da composição de cordel e de xilogravura e visita guiada.
Obs: Esse dia é direcionado para grupos de estudantes da rede pública que serão previamente agendados e fechados exclusivamente para as oficinas, além do público em geral. Haverá a distribuição de senhas limitadas uma hora antes do início das atividades.

15/07 (sexta-feira)
TEATRO E PÁTIO EXTERNO – TEATRO DE BOLSO
Manhã
09:45 às 10:25 – Apresentação da seqüência de esquetes: “Teatro de Mamulengo”, “O Auto do Boizinho” e “Zé Mingau”, com a turma de crianças.
10:30 – Apresentação de grupo folclórico convidado.
11:00 – Workshow com xilogravurista, seguido de visita guiada, oficina de teatro e roda de cordéis.
Tarde
15:00 às 16:40 - Apresentação da seqüência de esquetes: “Nordestes”, “Meninos de Rua” e “Chegança”.
16:45 – Roda de bate papo com cordelistas.
Obs: Esse dia é direcionado para grupos de estudantes da rede pública que serão previamente agendados e fechados exclusivamente para as oficinas, além do público em geral. Serão distribuídas senhas uma hora antes do início do programa da manhã. O acesso à tarde é livre, sem distribuição de senha.

16/07 (sábado)
TEATRO, PÁTIO EXTERNO – TEATRO DE BOLSO E BIBLIOTECA
Manhã
10:00 às 11:30 – Circuito de oficinas: Oficina de teatro de cordel; Oficina de composição de cordel e xilogravura.
Tarde
14:00 às 14:30 – Apresentação dos esquetes “Teatro de Mamulengos” e “Nordestes”.
A partir de 14:45 – Apresentação de grupos folclóricos da Baixada Fluminense.
A partir de 15:35 – Peleja de repentistas, encerrando o festival.
Obs: Serão distribuídas senhas uma hora antes do início das atividades da manhã. O acesso à tarde é livre, sem distribuição de senhas.